2022-04-24 14:49:08 +05:30

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Existia uma música popular que dizia assim:
"Jogue para o bardo todas as Moedas de Ferro que você tem."
"Dê um buquê para a donzela tão linda."
"Um vinho tão amargo que me traz lágrimas aos olhos."
"Beba para homenagear o ontem que já passou e cante para o futuro."
Em um país onde baladas e músicas andam com o vento, os habitantes têm alma alegre e sensível.
Diziam que no passado, o tirano Decarabian e os aristocratas governantes proibiam certos acordes e melodias
Porque apenas as pessoas sensíveis sentem o sinal de rebelião a partir das músicas dos cantores e poetas.
Se sabe que músicas e hinos foram usados antes como forma de comunicação entre os rebeldes.
No entanto, durante o reinado da aristocracia, a Igreja que venerava o Arconte Anemo se dividiu em duas correntes:
Em um lado estavam os clérigos, aliados da nobreza que junto a ela derrubaram as Estátuas do Arconte enquanto escreviam músicas de louvor,
Do outro, estavam os santos, que não ocupavam cargos clericais e que andavam pelas ruas, pelas adegas e pelo mundo além das paredes.
Estes santos só podiam beber vinho barato, abençoando os plebeus e os escravos com os manuscritos sagrados originais que circulavam entre o povo e com as palavras que o vento lhes trazia.
E enquanto o faziam, também escreveram músicas e poemas proibidos.
Quando a gladiadora escravizada de um país estrangeiro despertou com o Arconte Anemo, ela levantou a bandeira da rebelião,
O santo ancião conhecido como 'Pastor sem Nome' mobilizou os verdadeiros fiéis da Igreja de Favonius,
E no final, junto com outras pessoas, ele regava esta terra amada com o seu sangue...
Um grito da guerra, que também servia como o sinal de salvar a nação, fazia parte dessa música que nunca tinha sido cantada antes.
"Deixe o aço mais afiado para aqueles que darão suas vidas para lutar."
"Prepare as forcas para os ladrões,"
"Afie suas flechas enferrujadas,"
"Pois quando a música soar, nós atiraremos nas bestas."