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"A história que se segue é da época do 'Rei da Pestilência', Shiruyeh. Só que naquela época, o rei vassalo ainda não havia se tornado infame pela 'praga de Shiruyeh', e seus súditos ainda não haviam sido jogados na escuridão do mundo, onde, tornaram-se criaturas bárbaras, desfiguradas e analfabetas..."
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A Jinni da Cidade da Dama da Lua parou por um momento para dar uma esticada nas pernas. As moedas prateadas da cor da lua agitavam-se em seus pulsos e tornozelos, parecendo bastante insatisfeitas com os solavancos dos Animais de Carga.
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"A propósito, pequeno corvo, você sabe o significado do nome 'Shiruyeh'?"
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"Hmm... pessoa absurda e desprezível?"
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O jovem, que havia sido chamado de "corvo" por capricho dela, respondeu casualmente. Ele estava muito distraído com o sol e a ameaça das areias movediças para se importar com a história de sua companheira de viagem.
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"Em nossa tribo, 'Shiruyeh' é um nome vergonhoso, apenas líderes exilados serão assim nomeados com marcações em suas testas. Tal palavra só será dita para amaldiçoar ou ridicularizar alguém. Ao menos, assim é na nossa tradição... Contudo, presumo que em outras tribos não deve ser muito diferente."
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"Haha! O conhecimento dos mortais é como areia movediça, errante como os ventos do tempo. Que estranho!"
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A resposta superficial do "corvo" foi recebida com ironia pela Jinni.
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"Na verdade... Na língua perdida, 'Shiruyeh' significa 'filhote de leão não desmamado'. Seu pai 'Parvezravan' assim nomeou seu amado filho em uma noite de lua cheia. No entanto, o que ele não sabia era que esse rei, que chamaria a si mesmo de 'Espirito da Eterna Vitória', seria dilacerado como uma hiena por seu querido 'filhote de leão'..."
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A Jinni fez uma pausa, como se temesse que a plateia ficasse entediada, trocou olhares com o jovem e continuou a falar:
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"Quanto a este 'Parvezravan'. Diz a lenda que na época em que os mortais governavam como reis vassalos, ele era um dos mais poderosos entre todos os governantes..."
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"Parvezravan" não era o nome original deste rei vassalo. Conforme a Jinni diz, ele fora um órfão criado no ninho da ave gigante Ghoghnus e recebeu o nome de "Kisra", ou "aquele a quem fora dado um belo nome". Mais tarde, por causa de sua ambição de se tornar um grande homem, e com a ajuda da ave divina, ele foi adotado pelo rei Ormazd Shah e se tornou um herói e sábio entre os mortais.
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Os cânticos dos extintos povos do deserto mencionam Kisra, que em nome de seu rei Olmasza, saqueou os quatro cantos da terra, forçando noventa e nove cidades a destruir suas muralhas de bronze, derrotou os líderes de noventa e nove tribos nômades e prendeu noventa e nove sábios em correntes douradas e os levou de volta a Gurabad.
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Naquela época, a terra prometida "Vale Vaij" havia sido varrida pelas areias douradas e os Três Arcontes vivos haviam desaparecido. Durante um século de caos e confusão, os humanos se protegeram em terras vassalas até que meu Senhor, Ahmar, e o Sábio Rei de Madeira Verde reuniram seus súditos e reconstruíram o Paraíso Oásis, pondo um fim a era dos Reis vassalos dourados.
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Retornando ao nosso conto anterior, devido às conquistas de Kisra, a coroa de Olmasza tornou-se cada vez mais valiosa. No final, seu próprio pescoço não suportou mais o peso da coroa, e ele teve que usar correntes de ouro para prende-lá para sempre no centro do seu salão.
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O jovem Kisra recebeu a recompensa suprema do rei vassalo, Ormazd Shah, por seus feitos incomparáveis. Ele nomeou seu filho adotivo de "Parvez" e prometeu sua filha Shirin a ele. Os espíritos cantam em suas intangíveis canções que ela é a herdeira mestiça do rei vassalo mortal e sua velha avó Liloufar, por isso, possui sabedoria superior, goza de uma vida infinita e, como os sábios primordiais, pode prever a boa e má sorte do mundo contemporâneo.
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Se Kisra Parvez tivesse parado por aqui, sua reputação de herói não teria sido manchada. No entanto, em um dia amaldiçoado, o rei vassalo Ormazd e seus trezentos filhos foram mortos durante a noite na cidade de Gurabad. Após esse absurdo incidente, Kisra herdou o trono e acrescentou "Ravan" ao seu nome. Tornando-se o rei vassalo mais poderoso entre os mortais.
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"..."
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A Jinni interrompe a história para olhar para o sol vermelho que está afundando atrás das dunas. Então ela solta um assovio agudo, sinalizando ao menino para parar o Animal de Carga e se preparar para acampar sob os pilares das pedras em pedaços.
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"Alguém disse..."
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A Jinni desce lentamente do Animal de Carga, faz algumas voltas em círculo na areia, como as há muito perdidas bailarinas de Setaria fariam, deixando o luar cobrir uniformemente sua pele transparente com um brilho prateado. O aroma de mirra espalhou-se ao ar junto com o balançar das tranças, tudo acompanhado pelo toque dos sinos de ouro, até se perderem no horizonte.
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Então, a Jinni se inclinou um pouco e parou na ponta dos pés, rindo baixinho.
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Algumas pessoas dizem que a tragédia na cidade de Gurabad foi causada pelo herói Kisra.
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Já outras dizem que, na noite da tragédia, a perversa ave sem garra voou para fora da fortaleza e chorou até o amanhecer, e não comeu nem bebeu nada. O castelo foi atormentado por ratos com rostos humanos, que roeram a corrente dourada onde a excessivamente pesada coroa estava pendurada, fazendo com que ela caísse pesadamente no chão, quebrando-a e distorcendo-a.
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Dizem que a coroa fez um barulho que estremeceu a terra quando caiu, até os servos de Fellahin, que residiam e trabalham longe, tremeram de medo com o tirano que nunca conheceram.
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Mais tarde, falam ainda que aventureiros encontraram o antigo porão da cidade de Gurabad, que estava enterrado sob a areia dourada. Ele escondia os restos mortais, agora distorcido e enrugado, de Ormazd e seus filhos. Sob o que sobrou de seus corpos, era possível de ver algumas inscrições antigas e ilegíveis...
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"Espero que esta história tenha lhe assutado."
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A Jinni observava com interesse enquanto o menino mortal na sua frente bebia do jarro de água com pele de animal.
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As tribos do deserto são instintivamente abstêmias e cautelosas quanto a beber água, mas os Jinnis são criaturas criadas a partir de elementos puros, desconhecendo a sensação de sede, e nunca satisfeitos com o luxo e a felicidade, assim como a antiga princesa Shirin da velha canção de lamentação.
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"Falando na Shirin, filha da velha avó Liloufar, nossa história está apenas começando..."
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A Jinni sorriu maliciosamente outra vez com seus olhos na cor de ouro-âmbar e seu sorriso parecia com o de uma princesa de sua antiga pátria.
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