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No tempo dos aristocratas, havia uma torre alta na praça de Mondstadt. Foi construída para homenagear Barbatos, o Arconte Anemo no nome, mas na realidade não era nada mais do que uma exibição extravagante de riqueza e poder da realeza para se gabar dos plebeus. A única época do ano em que os plebeus que viviam nesses tempos sombrios podiam encontrar um pouco de consolo era durante Ludi Harpastum.
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Durante um Ludi Harpastum, uma cantora errante de uma terra distante chegou à cidade. O nome da moça diferente era Inês, e todos no festival ficaram encantados com sua beleza estonteante. Pessoas de todas as idades e estilos de vida competiam para ter um vislumbre dela jogando o Harpastum e ouvi-la cantar baladas estrangeiras.
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"As bençãos de Barbatos são para todos! Você está sendo um pecador por se sentir tão triste num dia alegre como este!"
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Enquanto cantava esses versos, ela distribuía seus ganhos durante o festival para os pobres e órfãos da cidade.
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Uma figura frágil estava entre a multidão. Ele era o senescal e se apaixonou por ela à primeira vista. Mas sua piedade religiosa o enchia de frustração por sua incapacidade de reprimir as emoções que experimentava, e os atos de caridade dela, que violavam o direito da Igreja de ajudar os pobres, o aborreciam ainda mais.
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Como é conhecimento de todos, a crença dos moradores atuais de Mondstadt diz que o Arconte Anemo, Barbatos encoraja a procurar o amor e perseguir a liberdade, mas na idade das trevas o Arconte Anemo dormia, e a cidade era atormentada pela tirania dos nobres, a pobreza dos plebeus e a devastação dos dragões; enquanto isso, a igreja autoproclamada "ortodoxa" - nada além de uma mera fachada, controlada pela classe dominante - advogou a abstinência dos prazeres terrenos para fim de evitar o castigo divino. Desta forma, até mesmo a harpa que simbolizava o vento foi restringida a tocar apenas músicas que fossem consideradas "sagradas". Entretanto, a noção de "punição divina" não era nada menos que uma desculpa fabricada pelos nobres para esconder a sua avareza e restringir os plebeus.
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"Deixá-la ficar na cidade é enfeitiçar todos os seus habitantes. Que maldade essa bruxa trará?" O senescal ponderou.
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E assim, o senescal conspirou para caçar Inês e confiná-la na catedral enquanto aguardava novas instruções. De acordo com as tradições da época, a donzela escolhida para lançar o Harpastum deveria servir na corte real por três dias após a celebração, sob a proteção dos aristocratas. O senescal decidiu enviar seu filho adotivo, Octave, para se infiltrar na corte real e sequestrar Inês.
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Octave era uma criança indesejável, abandonada por seus pais supersticiosos no nascimento e mais tarde criada pelo Senescal. Quando criança, foi perseguido e abusado pelos cidadãos, visto como um mau presságio de desastres dracônicos. A única pessoa que protegeu Octave foi o Senescal, que o tratou como seu próprio filho e, assim, conquistou sua maior confiança.
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"Tragam a donzela que atirou o Harpastum em mim ontem! Não perturbe ninguém e não mencione meu nome."
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Sob as ordens do senescal, Octave subiu à varanda das câmaras do tribunal ao anoitecer. Ao ver a garota chorando ao luar, seu coração puro se comoveu, pois ele nunca tinha visto uma visão tão maravilhosa. Ele olhou para a garota, deixando sua tarefa esquecida.
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Até que os serventes da nobreza começaram a fazer barulho e despertarem ele e a donzela do silêncio puro... |